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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Crianças com mão torta radial. Como tratar?




O antebraço é formado por dois ossos chamados de rádio (osso do antebraço localizado na mesma direção do polegar) e ulna (osso do antebraço localizado na mesma direção do quinto dedo).


O formato dos ossos permite que o punho e a mão fiquem posicionados de forma retilínea.


O que é a mão torta radial?

Trata-se de uma deformidade congênita chamada de defeito longitudinal do rádio, em que há uma diminuição do tamanho do osso podendo ocorrer, até mesmo, a ausência parcial  ou completa do rádio.

Isto confere um aspecto clínico característico da mão e punho de variados graus, como o exemplo ilustrado abaixo.




Clinicamente observamos, já ao nascimento da criança, um desvio radial da mão associado a proeminência da ulna e polegar hipoplásico ou ausente.




Os músculos da região tenar da mão são hipoplásicos e o polegar pode ser rudimentar e com diminuição dos movimentos.

Corresponde a 4 a 5% das malformações do membro superior das crianças.

A causa é desconhecida.

50% dos casos são bilaterais

Quando unilateral, o lado direito é o mais acometido.

Existe associação com outras malformações congênitas que podem ser vertebrais, cardíacas, renais e até mesmo distúrbios sanguíneos ( anemia ou distúrbios da coagulação com diminuição do número plaquetas).


Existem 4 tipos de mão torta radial:

 O tipo 1:

O rádio é curto na extremidade distal (próximo ao punho) - O desvio da mão é leve e o polegar é hipoplásico.

O tipo 2:

O rádio é hipoplasico - A velocidade de crescimento longitudinal do rádio é menor.

O tipo 3:

Ausência parcial do rádio, geralmente na sua extremidade distal.

O tipo 4:

Ausência completa do rádio. Existem um grande desvio do posicionamento da mão. Este é o tipo mais comum.




O tratamento:

Existem diversas possibilidades, dependendo do tipo de deformidade e da fução do polegar.

O tipo 1 geralmente exige uso de órtese para posicionamento do punho e mão, sendo os procedimentos cirúrgicos direcionados para a melhora funcional do polegar, quando há hipoplasia com diminuição da função ou, até mesmo quando há ausência do polegar, onde os procedimentos cirúrgicos visam a transferência de um dos dedos para o lugar do polegar (policização)




Os tipos 3 e 4 são os que exigem cirurgia para a correção da deformidade.

Nestes tipos, o tratamento geralmente inicia com manipulações seguidas de imobilizações gessadas visando o alongamento de partes moles encurtadas, seguido do uso de órtese para manter as partes moles bem alongadas, permitindo a realização da correção cirúrgica no momento adequado.

O principal procedimento cirúrgico recomendado é a centralização da ulna (trata-se de um procedimento cirúrgico de grande porte que visa melhora da aparência, função, mantendo o crescimento do antebraço).


Um abraço a todos,

Dr. Maurício Rangel

Consultório: Tel. (21) 3264-2232/ (21) 3264-2239.

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